sábado, 26 de abril de 2008

Contemporâneos de um mundo sem tempo




Acredito que o ser humano é único. Cada casca é particular
e envolve uma luz também única e particular. Mas nós,
homens da Terra, temos mais semelhanças que corpo e
temperamento. Somos mais. Vamos além.

Assim, se, por alguma razão, pudéssemos compartilhar de
um mesmo olhar, de um mesmo sentimento, seríamos
contemporâneos? Pois não é o olhar que temos do mundo
a linha que nos separa de nossos antepassados, a marca que
nos diferencia de nossos descendentes?

E se tomássemos, para essa razão, o momento exato de nossa
existência neste mundo, marcado por hora, dia e mês. Então,
não seria pura coincidência a sensibilidade às cores e à doçura
do mundo daqueles nascidos no décimo quarto dia do décimo
primeiro mês.

Ou não compartilhamos sentimento e olhar, eu e Claude Monet?
Nos separam exatos 138 anos. Apenas.




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